Relógios de Ponto RFID
Os relógios de ponto RFID surgiram com a evolução tecnológica dos cartões de ponto, permitindo com esta solução que faz a leitura de um chip uma leitura de ponto eficaz e mais fiável.
Os relógios de ponto RFID permitem o registo da entrada de funcionários através de um cartão com chip, conhecidos como cartões RFID, que se podem conectar com diversos sistemas de controlo de acesso e registo de assiduidade
O que é o RFID
O RFID é uma forma de identificação por radiofrequência e vem do inglês “Radio-Frequency Identification”.
É, portanto, um método de identificação automática que funciona através de sinais de rádio, que consegue recuperar e armazenar dados, remotamente através de dispositivos.
Estes dispositivos são uma etiqueta, que pode ser colocado em diversos locais como:
- equipamentos
- embalagens
- produtos
- cartões (como C.C., multibanco, ou de identificação de funcionário)
Como funcionam o Sistema RFID?
O sistema RFID usa transponder (tag), que podem ser apenas lidos ou lidos e escritos, nos produtos, como uma alternativa aos códigos de barras, permitindo a sua identificação.
E o com o leitor, este é o componente de comunicação entre o sistema RFID e os sistemas externos de processamento de informações. A complexidade dos leitores depende do tipo de etiqueta e das funções que estes tem.
Os sistema RFID contém chips de silício e antenas que lhe permitem responder aos sinais de rádio enviados através de uma base transmissora.
Existem três tipos de etiquetas/transponder RFID:
- Passivas, só conseguem responder ao sinal enviado pela base transmissora
- Semi-passivas, pode receber e emitir um sinal
- Ativas, a semelhança das semi-passivas, têm uma bateria, que lhes permite enviar o próprio sinal. Também conseguem receber sinais vindos da base transmissora.
Quando surgiu a tecnologia RFID?
A tecnologia de RFID remonta à Segunda Guerra Mundial, onde era aplicada em sistemas de radares.
Tanto alemães, como japoneses, americanos e ingleses utilizavam estes radares que foram desenvolvidos por Sir Robert Alexander Watson-Watt em 1937.
A finalidade destes radares era permitir saber com alguma antecedência a presença de aviões, contudo estes radares não indicavam a quem pertencia o avião.
Posteriormente os alemães perceberam que se os seus pilotos fizessem rotações com os aviões no retorno à base o sinal de rádio seria refletido de volta ao radar, alertando os responsáveis pelo radar que se tratavam de aviões alemães.
Estes é considerado o primeiro sistema passivo de RFID.
Já o identificador ativo foi desenvolvido pelos ingleses, sob o comando de Watson-Watt, que liderou o projeto secreto “IFF-Identify Friend or Foe”.
O atual sistema RFID funciona com o mesmo princípio básico.
É enviado um sinal a um transponder, que é activado e reflecte o sinal de volta (sistema passivo) ou transmite seu próprio sinal (sistemas activos).
Durante a década de 50 e 60 foram alcançados inúmeros avanços na área dos radares.
Foram realizadas pesquisas que demonstraram que a energia de Rádio Frequência poderia ser utilizada para identificar objetos.
Por forma a melhor a segurança alguma empresas começaram a vender sistemas anti-roubo que usavam as ondas de rádio para impedir o roubo de artigos.
Altura em que os conhecidos alarmes de loja começaram a ser utilizados, continuando nos dias de hoje.
Estas etiquetas permitem fazer a leitura dos artigo pagos, alterando a informação da etiqueta.
RFID patenteado
No inicio dos anos 90 a empresa IBM desenvolveram um sistema RFID baseado em Ultra High Frequency (UHF), acabando por patentear este sistema.
O UHF permite um alcance superior e mais rapidez na transferência de dados, contudo não teve um grande sucesso, principalmente devido aos custos, sendo que a patente acabou por ser vendida em meados da década de 90.
Em 1999 a Uniform Code Concil, o EAN internacional, a Procter & Gamble e a Gillette uniram-se e estabeleceram o Auto-ID Center, em Massachusetts.
A intenção foi a possibilidade de encontrar um formato que permitisse a criação de etiquetas de RFID a baixo custo em todos os produtos feitos, e rastreá-los.
Onde é utilizado o RFID
O sistema de RFID é aplicado em inúmeros mercados dispares como:
- Hospitalar – Muitos hospitais tem vindo a adotar o sistema RFID com o objectivo de localizar equipamentos e pessoas.
- Este sistema permite por um lado rastrear de forma rápida e eficiente os equipamentos, encontrando os equipamentos em tempo útil e por outro lado coordenar os equipamentos.
- Outra funcionalidade nos hospitais é rastrear os pacientes, por exemplo com bebés ou pacientes em áreas restritas, como psiquiatria
- Veículos – Utilizado em sistema de entradas de estacionamento, como por exemplo Via Verde
- Eventos – A tecnologia RFID é usada em pulseiras de identificação para permitir a entrada de eventos.
- Segurança – Nas empresas o sistema RFID possibilita manter a segurança garantindo que a entrada na empresa só é feita por pessoas autorizadas. Este sistema pode ainda ser aplicado em relógios de ponto RFID, controlando a entrada e a assiduidade dos funcionários.
- Identificação Animal – Este sistema permite a identificação dos animais de estimação. Conhecido como microchip, a identificação dos animais de estimação é obrigatória em Portugal para todos os animais nascidos depois de 2008.
Relógios de Ponto RFID – As vantagens do sistema RFID
O sistemas de relógios de ponto RFID começou a ser utilizado por ser mais fiável e prático do que os cartões de ponto tradicionais.
Este software traz inúmeras vantagens:
- Fiabilidade: este sistema funciona mesmo em ambientes com clima mais extremos
- Durabilidade: os relógios de ponto RFID são bastantes resistentes, havendo a possibilidade de manter o mesmo sistema mesmo quando lançados novos.
- Redução de erros humanos: este sistema substitui parte do trabalho realizado pelas pessoas reduzindo potenciais erros
- Rápido: toda a informação envolvida é processada rapidamente
- Otimização dos processos: permite integrar uma série de sistemas ERP´s fazendo o registo de entradas, assiduidade, processamento de férias e salários.
- Registo em rondas: sistema perfeito para rondas no local de trabalho, uma vez que as mesmas ficam facilmente registadas não havendo forma de negar as ronda realizadas.